Cleber C. Prodanov é Secretário de Estado da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico.
Estamos vivendo um novo cenário e uma nova ordem econômica mundial neste começo do século 21, sobretudo pela quebra quase secular de uma polaridade política e econômica marcada pela presença de um conjunto de nações capazes de disputar um protagonismo multipolar. Em contrapartida, toma corpo uma nova economia, orientada não apenas na produção de bens, mas, acima de tudo, na geração do conhecimento, especificamente, no processo de criação e seu controle.
Nesse sentido, não apenas produzir, mas ter o domínio intelectual dos produtos e processos passa a ter um peso considerável. Isso está mudando a maneira como as pessoas são educadas para a vida e o mundo do trabalho, assim como vai influenciando mudanças na organização e na ação das empresas e dos governos.
Esse processo é tão acelerado, que nações, como o Brasil, por exemplo, que, ao longo do século 20, fizeram grandes avanços em termos científicos, tecnológicos e industriais podem ter um grande retrocesso diante desse novo modelo econômico da sociedade do conhecimento. Sem esquecer que nosso país ainda tem uma grande necessidade de manter, criar e desenvolver cadeias produtivas industriais que gerem empregos, renda e ajudem a disseminar resultados para a sociedade.
Ainda carecemos de ações mais efetivas de alguns setores econômicos, no sentido de constituir laços sólidos entre as nossas empresas e as universidades, as escolas técnicas e os institutos de pesquisa. É preciso avançar para além da produção e, investindo na pesquisa, passar ao desenvolvimento e domínio de áreas estratégicas de conhecimento, fazendo com que se supere uma visão estritamente produtiva e se avance para as áreas de domínio intelectual.
Assim sendo, nosso desafio no Brasil é triplo: consolidar uma estratégia industrial competitiva para as empresas, alargar o mercado interno e a inserção de grandes grupos sociais ainda marginalizados na sociedade e avançar na melhoria qualitativa e na universalização do ensino em todos os níveis. De quebra, ainda trabalhar o estado da arte do conhecimento e de sua transferência, ou seja, a inovação. Esses movimentos impedirão que aumente a nossa dependência criativa e tecnológica, que pode, nos próximos anos, inviabilizar nossa economia e sociedade de maneira irreversível.
O mundo ingressou de vez na chamada sociedade do conhecimento, em que pensar, criar e inovar tornaram-se prioridades em todas as organizações, quer públicas ou privadas, sejam elas de atividades industriais, de serviços ou de educação.
Artigo originalmente publicado no jornal Zero Hora.
Cleber C. Prodanov
n.d. Produzir, criar e inovar
25/08/2011
Cleber C. Prodanov
é Secretário de Estado da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico.
Nesse sentido, não apenas produzir, mas ter o domínio intelectual dos produtos e processos passa a ter um peso considerável. Isso está mudando a maneira como as pessoas são educadas para a vida e o mundo do trabalho, assim como vai influenciando mudanças na organização e na ação das empresas e dos governos.
Esse processo é tão acelerado, que nações, como o Brasil, por exemplo, que, ao longo do século 20, fizeram grandes avanços em termos científicos, tecnológicos e industriais podem ter um grande retrocesso diante desse novo modelo econômico da sociedade do conhecimento. Sem esquecer que nosso país ainda tem uma grande necessidade de manter, criar e desenvolver cadeias produtivas industriais que gerem empregos, renda e ajudem a disseminar resultados para a sociedade.
Ainda carecemos de ações mais efetivas de alguns setores econômicos, no sentido de constituir laços sólidos entre as nossas empresas e as universidades, as escolas técnicas e os institutos de pesquisa. É preciso avançar para além da produção e, investindo na pesquisa, passar ao desenvolvimento e domínio de áreas estratégicas de conhecimento, fazendo com que se supere uma visão estritamente produtiva e se avance para as áreas de domínio intelectual.
Assim sendo, nosso desafio no Brasil é triplo: consolidar uma estratégia industrial competitiva para as empresas, alargar o mercado interno e a inserção de grandes grupos sociais ainda marginalizados na sociedade e avançar na melhoria qualitativa e na universalização do ensino em todos os níveis. De quebra, ainda trabalhar o estado da arte do conhecimento e de sua transferência, ou seja, a inovação. Esses movimentos impedirão que aumente a nossa dependência criativa e tecnológica, que pode, nos próximos anos, inviabilizar nossa economia e sociedade de maneira irreversível.
O mundo ingressou de vez na chamada sociedade do conhecimento, em que pensar, criar e inovar tornaram-se prioridades em todas as organizações, quer públicas ou privadas, sejam elas de atividades industriais, de serviços ou de educação.
Artigo originalmente publicado no jornal Zero Hora.
Cleber C. Prodanov
n.d. Produzir, criar e inovar
25/08/2011
Cleber C. Prodanov
é Secretário de Estado da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico.
Estamos vivendo um novo cenário e uma nova ordem econômica mundial neste começo do século 21, sobretudo pela quebra quase secular de uma polaridade política e econômica marcada pela presença de um conjunto de nações capazes de disputar um protagonismo multipolar. Em contrapartida, toma corpo uma nova economia, orientada não apenas na produção de bens, mas, acima de tudo, na geração do conhecimento, especificamente, no processo de criação e seu controle.
Nesse sentido, não apenas produzir, mas ter o domínio intelectual dos produtos e processos passa a ter um peso considerável. Isso está mudando a maneira como as pessoas são educadas para a vida e o mundo do trabalho, assim como vai influenciando mudanças na organização e na ação das empresas e dos governos.
Esse processo é tão acelerado, que nações, como o Brasil, por exemplo, que, ao longo do século 20, fizeram grandes avanços em termos científicos, tecnológicos e industriais podem ter um grande retrocesso diante desse novo modelo econômico da sociedade do conhecimento. Sem esquecer que nosso país ainda tem uma grande necessidade de manter, criar e desenvolver cadeias produtivas industriais que gerem empregos, renda e ajudem a disseminar resultados para a sociedade.
Ainda carecemos de ações mais efetivas de alguns setores econômicos, no sentido de constituir laços sólidos entre as nossas empresas e as universidades, as escolas técnicas e os institutos de pesquisa. É preciso avançar para além da produção e, investindo na pesquisa, passar ao desenvolvimento e domínio de áreas estratégicas de conhecimento, fazendo com que se supere uma visão estritamente produtiva e se avance para as áreas de domínio intelectual.
Assim sendo, nosso desafio no Brasil é triplo: consolidar uma estratégia industrial competitiva para as empresas, alargar o mercado interno e a inserção de grandes grupos sociais ainda marginalizados na sociedade e avançar na melhoria qualitativa e na universalização do ensino em todos os níveis. De quebra, ainda trabalhar o estado da arte do conhecimento e de sua transferência, ou seja, a inovação. Esses movimentos impedirão que aumente a nossa dependência criativa e tecnológica, que pode, nos próximos anos, inviabilizar nossa economia e sociedade de maneira irreversível.
O mundo ingressou de vez na chamada sociedade do conhecimento, em que pensar, criar e inovar tornaram-se prioridades em todas as organizações, quer públicas ou privadas, sejam elas de atividades industriais, de serviços ou de educação.
Artigo originalmente publicado no jornal Zero Hora(25/08/2011).
Cleber C. Prodanov
Nesse sentido, não apenas produzir, mas ter o domínio intelectual dos produtos e processos passa a ter um peso considerável. Isso está mudando a maneira como as pessoas são educadas para a vida e o mundo do trabalho, assim como vai influenciando mudanças na organização e na ação das empresas e dos governos.
Esse processo é tão acelerado, que nações, como o Brasil, por exemplo, que, ao longo do século 20, fizeram grandes avanços em termos científicos, tecnológicos e industriais podem ter um grande retrocesso diante desse novo modelo econômico da sociedade do conhecimento. Sem esquecer que nosso país ainda tem uma grande necessidade de manter, criar e desenvolver cadeias produtivas industriais que gerem empregos, renda e ajudem a disseminar resultados para a sociedade.
Ainda carecemos de ações mais efetivas de alguns setores econômicos, no sentido de constituir laços sólidos entre as nossas empresas e as universidades, as escolas técnicas e os institutos de pesquisa. É preciso avançar para além da produção e, investindo na pesquisa, passar ao desenvolvimento e domínio de áreas estratégicas de conhecimento, fazendo com que se supere uma visão estritamente produtiva e se avance para as áreas de domínio intelectual.
Assim sendo, nosso desafio no Brasil é triplo: consolidar uma estratégia industrial competitiva para as empresas, alargar o mercado interno e a inserção de grandes grupos sociais ainda marginalizados na sociedade e avançar na melhoria qualitativa e na universalização do ensino em todos os níveis. De quebra, ainda trabalhar o estado da arte do conhecimento e de sua transferência, ou seja, a inovação. Esses movimentos impedirão que aumente a nossa dependência criativa e tecnológica, que pode, nos próximos anos, inviabilizar nossa economia e sociedade de maneira irreversível.
O mundo ingressou de vez na chamada sociedade do conhecimento, em que pensar, criar e inovar tornaram-se prioridades em todas as organizações, quer públicas ou privadas, sejam elas de atividades industriais, de serviços ou de educação.
Artigo originalmente publicado no jornal Zero Hora(25/08/2011).
Cleber C. Prodanov
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