sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O preconceito no cotidiano escolar

Acreditamos que o preconceito não seja um objeto isolado das pessoas em seu cotidiano escolar, a sociedade como um todo é preconceituosa; se a escola é um desses aparelhos no bojo da sociedade ela também será uma produtora de atos preconceitosos com os sujeitos que ela (a escola) entende como fora dos padrões sociais. Entendemos que ninguém nasce com esse tipo de conduta, preferimos acreditar que seja um advento construido nas relações sociais. De acordo com (Freud, 1999, p. 86) “A nossa civilização é em grande parte responsável pelas nossas desgraças, seríamos muito mais felizes se a abandonássemos e retornássemos às condições primitivas.” Partido desta premissa acreditamos que muitas dessas ações são proferidas de maneira conscientes, deixando claro que o agressor vive em um mundo “civilizado”, porém ainda exerce atitudes primitivas, rudimentares em relação ao outro.
            Vejo que a escola em seu processo de promover a igualdade acaba muitas vezes fazendo exatamente o contrário, os atos preconceituosos no seio escolar é promovido entre os próprios educandos, educadores e alunos, funcionários e até certos gestores. Os atos atitudinais relacionados ao preconceito podem estar ligados a noção de valores e conceitos de mundo que o indivíduo tem de pessoa, bem como de sociedade e civilização. Segundo (Wallon, 2004, p. 63) "o ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para se atualizar”
            Entedemos ser dever da educação trazer a tona a concientização minimamente crítica, o discernimento e a capacidade de produção, de construção de culturas, cidadania e respeito multuo ao próximo. Cabe também a escola educar para se reipeitar as diferenças que naturalmente existe dentro do contexto escolar desde sempre.
            Vivemos em uma sociedade que quer a todo custo nos impor valores, crenças, estilo e tudo aquilo que de alguma maneira foge aos chamados padrões ditados pelo tecido áspero da humanidade. O preconceito nas dependências escolares são manifestados de diversas formas; racial, sexual, social etc. A escola sendo um ambiente que deve promover ações coletivas em um espaço social interativo, necessita que esta tenha atitudes que busquem a formação de cidadãos com uma visão de mundo aberta em amplitude para respeitar as diferenças inseridas no universo das interrelações. De acordo com (Vygotsky, 2000, p. 15) “A cultura fornece ao indivíduo os sistemas simbólicos de representação da realidade, ou seja, o universo de significações que permite construir a interpretação do mundo real”
            O preconceito não é natural do ser vivente e pensante, principalmete no ambiente escolar que deveria valorizar e promover a igualdade entre os povos, no entanto é justamente neste espaço que ocorre grande parte das ações no tocante as múltiplas formas de preconceito. Em linhas gerais indivíduos com atitudes preconceituosas estão muito ligado aos seus valores positivos ou negativos enquanto sujeito afetivo, social, cultural, moral e até econômico. Segundo (Piaget, 1998, p. 26) “A falta de consciência do eu e a consciência centrada na autoridade do outro impossibilitam a cooperação, em relação ao comum pois este não existe. A consciência centrada no outro anula a ação do indivíduo como sujeito “
            Temos percebidos que o precineito, a discriminação e a falta de respeito no ambiente escolar são ações cotidianas dentro de um universo que deveria fazer exatamente o oposto, é no seio escolar que indivíduos que nascem negros, pobres, homossexuais e alunos do EJA, são as principais vítimas. Em linhas gerais a institição escolar tem grande contribuição na promoção do preconceito na atmosfera educacional.

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