O interesse é a mola, motivo, a razão de ser da ação humana. O ser humano toma decisões, empreende, faz realizações para atingir determinados fins; realiza empreendimentos por ele pretendidos, ou seja, toda ação humana é interessada. (PENTEADO, 2001, p. 86)
Atualmente vivemos numa sociedade em que o predomínio do capitalismo exerce grande influência sobre todas as nossas ações, sendo assim, o homem visando atingir seus objetivos não tem se preocupado nas consequências que os seus atos vem ocasionando.
Hoje estamos presenciando uma sociedade de "coisas prontas", ou seja, queremos comidas preparadas e enlatadas, não construímos mais os brinquedos dos nossos filhos, utilizamos agrotóxicos e anabolizantes para aumentarmos a produção de hortifrutigranjeiros, também não temos mais tempo para um passeio na praça, para um bate papo "presencial" com os nossos familiares e amigos, em fim a forma de vivermos e nos relacionarmos mudou, mas será que estamos felizes com essa mudança? É de interesses e lucros que realmente precisamos para sermos felizes?
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Na verdade nesta busca frenética para acumular capital muitos males estão sendo deixados pelo caminho, como podemos constatar através de pesquisas muitas doenças se desenvolveram, muitas pessoas ficam depressivas devido ao ritmo acelerado dos grandes centros urbanos, a violência e o tráfico de drogas ganha espaço nos ambientes urbanos e rurais, e por essa razão as pessoas ficam com medo de estarem em locais ao ar livre, o meio ambiente sofreu e sofre grandes impactos o que gera sérias consequências, como por exemplo a poluição, esgotos, falta de áreas verdes, ressacas no mar, tornados entre outros fatores, que vem ocorrendo diariamente devido as mudanças que o ser humano vem provocando na natureza.
Sendo assim o homem deve adotar ações e valores que priorizem o convívio em sociedade, pois como está exposto nos PCNs Temas Transversais(2001, p. 49):
Nos costumes, manifesta-se um aspecto fundamental da existência humana: a criação de valores. Os diversos grupos e sociedades criam formas peculiares de viver e elaboram princípios e regras que regulam seu comportamento. Esses princípios e regras específicos, em seu conjunto, indicam direitos, obrigações e deveres. Não há valores em si, mas sim propriedades atribuídas à realidade, transformando-a e se transformando continuamente.
Dessa forma pode-se compreender que a transformação é algo irreversível no mundo capitalista e globalizado em que vivemos, mas ações corretas e preocupadas podem fazer toda a diferença na reconstrução de ambientes naturais propícios a vivência de "felicidades gratuitas", ao invés de pagarmos altos custos para tentarmos comprar alguns momentos de felicidade.
Referências Bibliográficas:
•PENTEADO, Heloísa Dupas. Meio Ambiente e Formação de Professores . 4ª edição- São Paulo: Cortez, 2001.
•BRASIL, Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: Apresentação dos Temas Transversais. Brasília: MEC/SEF, 2001.
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