Exemplo fácil de seguir.
Ter visão globalizada.
POR QUE É IMPORTANTE:as fronteiras estão ficando mais fluidas em todo o mundo. Isso implica trabalhar ou estudar fora, lidar com estrangeiros, ter de entender culturas diferentes e, claro, saber outros idiomas.
• COMO ENSINAR: na escola Suíço-Brasileira, em São Paulo, os alunos são poliglotas. As aulas de alemão começam na pré-escola. Nas salas de ensino médio, os alunos discutem filosofia em francês. O inglês faz parte do cotidiano da escola. Os alunos saem fluentes em quatro idiomas, incluindo o português, que não é a língua materna de muitos deles. Ali convivem estudantes de 42 nacionalidades. "Se não forem fluentes, não se dão mal só na aula de idiomas, mas em outras matérias. Na 7a série, eles têm Matemática, Química e Física em alemão", afirma Heitor França, coordenador de International Baccalaureate (IB), um diploma internacional que habilita os jovens a estudar em diversas universidades estrangeiras. Para consegui-lo, o estudante passa por uma série de provas na língua materna, em inglês e em um terceiro idioma.
aluno Rafael Niggli, de 18 anos, prestou o IB no fim do ano passado. Do total de 42 pontos da prova, fez 35, três pontos a mais que o exigido para estudar na Suíça, onde o ensino superior é gratuito. Em junho ele partirá para a Universidade de Saint Gallen. "Sei que não fico devendo nada a nenhum aluno europeu", diz. No Brasil, apenas dez escolas estão aptas ao IB. "Conheci escolas públicas na Argentina que oferecem o mesmo conteúdo. Isso faz com que os argentinos disputem em pé de igualdade com os estudantes brasileiros da escola particular", diz França.
Aprender línguas não é a única forma de se preparar para a globalização. Aos 16 anos, Vinicius Melleu Cione se viu representando Moçambique no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Pnud. Na pauta de discussão com membros de outros países estavam a utilização do software livre e as alternativas mais baratas de acesso à tecnologia. Vinicius não é diplomata. Pelo menos, não ainda. Ele estuda no colégio Ítaca, de São Paulo, um dos milhares que participaram da Míni-ONU, uma simulação das reuniões das Nações Unidas.
Idealizada pelos alunos do curso de Relações Internacionais da PUC de Minas Gerais, a Míni-ONU reúne estudantes de ensino médio de todo o país, de escolas públicas e particulares. As discussões vão desde tráfico de mulheres e refugiados até meio ambiente. Todas se encaixam no trabalho de alguma agência da ONU. "Mandamos aos colégios relatórios sobre as questões e os países", diz o professor Marco Paulo Gomes, coordenador-geral. "Mas ele é completamente imparcial. Os alunos pesquisam qual a política externa do país sobre aquele assunto." Feito isso, a delegação está pronta para participar do evento, em Belo Horizonte. A simulação é tão real que os alunos usam roupas típicas dos países. E as discussões não ficam restritas às salas do congresso. "No hotel, a gente tenta fazer aliados", diz Vinicius, hoje aluno de Relações Internacionais da PUC e de História na USP. "Quando participei, não sabia nada sobre Moçambique ou software livre. A Míni-ONU fez com que eu me apaixonasse pela história da África", diz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado.